De acordo com a OMS, idosos e pessoas com comorbidades têm maior risco de ficar gravemente doentes se contraírem o coronavírus. Por isso, são considerados grupos prioritários.
1. Como saber quais comorbidades dão direito à vacina?
Estados e municípios seguem as orientações do Ministério da Saúde, por meio das notas técnicas e publicação do PNO - Plano Nacional de Operacionalização para Vacinação da Covid-19, que sofre atualizações constantes à medida que os profissionais da saúde vinculados ao Ministério avançam no trabalho de imunizar a população.
No PNO estão elencadas a lista de comordidades que dão direito de preferência à imunização Covid-19, em relação aos demais cidadãos. Neste mesmo documento estão descritas a sequência de quais das comorbidades e para quais faixa etária devem ser vacinadas.
2. Como comprovar que tenho comorbidade?
Pessoas com comorbidades: é preciso ter entre 18 e 59 anos (pessoas a partir de 60 anos entram no grupo dos idosos, que são prioritários também) e apresentar exame, receita ou relatório médico com descritivo da condição de saúde, ou CID da doença (código internacional da doença), assinado e carimbado com o registro do CRM do médico, em versão original.
Para quem já é atendido pela doença no Sistema Único de Saúde (SUS), basta levar o Cartão Nacional de Saúde e o documento com CPF.
Pessoas com deficiência permanente: devem comprovar que são beneficiárias do BPC (Benefício de Prestação Continuada), que é um salário-mínimo distribuído pelo governo mensalmente, mediante comprovação da incapacidade de trabalhar ou de participar de atividades sociais.
3. Conheça a lista de comorbidades.
- Pneumopatias crônicas graves (Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática).
- Hipertensão Arterial Resistente (HAR) (HAR= Quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou PA controlada em uso de quatro ou mais fármacos antihipertensivos).
- Hipertensão Arterial estágio 3 (PA sistólica ≥180mmHg e/ou diastólica ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade)
- Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade (PA sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade)
- Insuficiência Cardíaca IC (com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association)
- Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar (Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária).
- Cardiopatia hipertensiva (Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo).
- Síndromes coronarianas (Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras).
- Valvopatias (Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras.).
- Miocardiopatias e pericardiopatias (Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática).
- Doença da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas (Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos).
- Arritmias cardíacas (Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras).
- Cardiopatia congênita no adulto (Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento 33 miocárdico).
- Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados (Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência).
- Doença cerebrovascular (Acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular).
- Doença renal crônica (doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica).
- Imunossuprimido (Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas.).
- Hemonoglobinopatias graves (Doença falciforme e talassemia maior).
- Obesidade mórbida (IMC) ≥ 40.
- Cirrose Hepática (Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C).
*Gestantes e puérperas com comorbidades independente da idade (acima de 18 anos).
*Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) acima d 18 anos.